Publication:
Os usuários-produtores: redesenhando o universo de criação e disseminação de conteúdos a partir da ideia de cultura livre

Loading...
Thumbnail Image
Full text at PDC
Publication Date
2015-11-17
Advisors (or tutors)
Editors
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Universidad Complutense de Madrid
Citations
Google Scholar
Research Projects
Organizational Units
Journal Issue
Abstract
Este artigo tem como objetivo discutir as transformações decorrentes da atividade de apropriação dos meios de produção, dos conteúdos e dos canais de disseminação na criação e distribuição de conteúdos diversos realizados pelos «novos» usuários que cada vez mais são frequentes no universo da internet. O objeto de estudo a partir de então pode ser entendido tanto como o ideal de «cultura livre», em que estas práticas estão inseridas, assim como na ideia subjacente a esta de «domínio público», por sua vez reordenado a partir das novas manifestações culturais dos sujeitos/produtores de conteúdo na internet. O trabalho se constitui de uma breve síntese teórica, destacando elementos que permitam compreender o desenvolvimento deste novo universo de produção cultural, de cooperatividade, coletividade e de reordenamento conceitual e prático de domínio público. A noção de que os usuários são agora produtores de conteúdos permite interessantes considerações em torno dos papeis destes e da sua relação na internet. Simboliza o fortalecimento, a partir de uma nova via, de um ideal cooperativo, reafirmando a independência e a capacidade criativa dos indivíduos como produtores e de conteúdo diverso, e paralelamente a isso, destacam os impactos que estas atividades passam a ter no cenário cultural e informacional. Trata-se de compreender, avaliar e discutir os novos conteúdos, os meios de produção e seus novos canais de distribuição e de como eles por consequência trazem impactos distintos dos que são tradicionalmente presenciados no universo de criação tradicional. É, portanto, uma possibilidade para se analisar as transformações no panorama cultural e informacional atual e destacar o seu potencial futuro, suas implicações e consequências.
This paper aims to discuss how the appropriation abilities to manipulate contents, production and dissemination channels developed by the «new» users who are increasingly changing the way we built upon culture online. The object of study can be understood both as the ideal of «free culture» in which these practices are inserted, as well as the idea behind the «public domain», and how its concept is being remixed, gaining new interpretations as new cultural manifestation rises upon internet. The work is a brief theoretical synthesis highlighting evidence to understand the development of this new cultural production universe of cooperativeness, community and conceptual and practical reordering of public domain. The notion that users are now content producers allows interesting considerations around these roles and their relationship on the internet. It symbolizes the strengthening from a new route, a cooperative ideal by reaffirming the independence and creativity of individuals as content producers, and parallel to it, emphasize the impact that these activities will have on the cultural and Information scenario. It is an opportunity to understand, evaluate and discuss the new content, the means of production and their new distribution channels and how they consequently bring different impacts on what is commonly understood as the traditional creation environment. It is therefore an interesting possibility to analyze the changes in the current cultural and informational landscape and evaluate their potential future, its implications and consequences.
Description
Keywords
Citation
Adorno, T. (2002). Industria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra. Anderson, C. (2006). Cauda longa: o mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Elsevier. Anderson, C. (2003). Free grátis: o futuro dos preços. Rio de Janeiro: Elsevier. Briggs, A., Burke, P. (2006). Uma história social da mídia: de Gutenberg á internet. Rio de Janeiro: Zahar. Castells, M. (2012). A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura, vol. 1. São Paulo: Paz e Terra. Castells, M. (2003). A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar. Chartier, R. (1999). A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. 2 ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília. COMMUNIA (2009). Manifesto do Domínio Público. Disponível em: http://www.publicdomainmanifesto.org/portuguese Darnton, R. (2012). O diabo na água benta: ou a arte da calúnia e da difamação de Luis XIV à Napoleão. São Paulo: Companhia das Letras. Darnton, R. (2010). A questão dos livros: passado, presente, futuro. São Paulo: Companhia das Letras. Diderot, D. (2002). Carta sobre o comércio do livro. Casa da Palavra: Rio de Janeiro. Dowbor, L. (2009). Economia da cultura digital. In Savazoni, R., Cohn, S. (Ed.) Cultura digital.br. Beco do Azouge: Rio de Janeiro. Gompertz, W. (2014). 150 anos de arte moderna num piscar de olhos. Lisboa: Bizâncio. Hervas-Drane, A., Roam, E. (2011). Online sharing and cultural globalization. Disponível em: http://ftp.zew.de/pub/zew-docs/veranstaltungen/ICT2011/Papers/ Hervas-Drane.pdf Huizinga, J. (2000). Homo ludens. 4 ed. São Paulo: Editora Perspectiva. IMDB (2015). Game of Thrones. Disponível em: http://www.imdb.com/ title/tt0944947/?ref_=nv_sr_1 Jenkins, H. (2008). Convergence culture: where old and new media collide. Nova York: New York University Press. Le Crosnier, H. (2006). Repensar os direitos do autor. In Isabela Cribari, Propriedade cultural e propriedade intelectual (pp. 143-148). Recife: Editora Massangana. Lessig, L. (2008). Remix: making art and comerce thrive in the hybrid economy. Londres: Bloomsbury. Lessig, L. (2004). Free culture: how big media uses technology and the law to lock down culture and control creativity. Nova York: Penguin Press. Lévy, P. (2007). A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 5 ed. São Paulo: Loyola. Lipovetsky, G. (2014). A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. Lisboa: Edições 70. Metacritic (2015). Game of Thrones. Disponível em: http://www.metacritic.com/ tv/game-of-thrones McGonigal, J. Reality is broken: why games makes us better and how they can change the world. Nova York: The Penguin Press. Nexus Mods Skyrim (2015). About us. Disponível em: http://www.nexusmods.com/ skyrim/about/stats/? On Games (2014). Wall Street Journal chart lists Twitch.tv fourth in U.S. peak traffic. Disponível em: http://www.ongamers.com/articles/wall-street-journal-chart-lists-twitch-tv-fourth-in-u-s-peak-traffic/1100-824/ Rotten Tomatoes (2015). Game of Thrones. Disponível em: http://www.rottentomatoes.com/tv/game-of-thrones/s01/ Scolari, Carlos A. (ed.) (2013). Homo Videoludens 2.0. De Pacman a la gamification. Collección Transmedia XXI. Laboratori de Mitjans Interactius. Barcelona: Universitat de Barcelona. Sennett, R. (2013a). O artífice. Rio de Janeiro: Record. Sennett, R. (2013b). Juntos. Rio de Janeiro: Record. Tolila, P. (2007). Cultura e economia: problema, hipóteses, pistas. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural. Tomasello, M. (2009). Why we cooperate. Cambridge: The MIT Press. Torrent Freak (2013). Game of Thrones piracy «better than Emmy», Time Warner CEO says. Disponível em: https://torrentfreak.com/game-of-thrones-piracy-better-than-an-emmy-time-warner-ceo-says-130808/ Twitch (2015). Two thousand moreteen. Disponível em: http://www.twitch.tv/ year/2014 YouTube Official Blog (2015). A YouTube built for gamers. Disponível em: http://youtube-global.blogspot.pt/2015/06/a-youtube-built-for-gamers.html