Publication:
Peregrinaçâo académica : o encontro entre a ciência enquanto prática sócio-cultural com a "cultura escondida" e uma "história etnográfica" do colonialismo científico na Índia em tempo pós-colonial

Loading...
Thumbnail Image
Official URL
Full text at PDC
Publication Date
2020-02-14
Advisors (or tutors)
Editors
Journal Title
Journal ISSN
Volume Title
Publisher
Universidad Complutense de Madrid
Citations
Google Scholar
Research Projects
Organizational Units
Journal Issue
Abstract
A cidade de Varanasi/Banaras, na Índia transformou-se num “laboratório das ciências sociais” e acolhe anualmente dezenas de estudantes e investigadores norte americanos e europeus. As investigações lá realizadas — o encontro entre a ciência enquanto “prática sócio-cultural” e a “cultura estudada”— geraram uma procura científica e uma oferta intelectual de assistentes de investigação local e outros especialistas que apoiavam os cientistas ocidentais. Este trabalho tenta descrever e compreender o sistema de investigação reflectido no envolvimento polimórfico dos investigadores ocidentais com os seus assistentes locais, ou seja, as relações humanas entre investigadores e assistentes. Como vêm os “investigadores locais” os “cientistas ocidentais” e a “investigação científica”? Como são as suas relações de trabalho? Como funcionam e se manifestam as diferenças de estatuto e de poder entre investigadores e assistentes? A tese apoia-se nos relatos e histórias de assistentes de investigação sobre as suas experiências, em conversas informais com outros investigadores e na minha experiência de trabalho de campo. O tempo etnográfico da investigação para a tese situa-se entre 2003 e 2004. A estratégia desta pesquisa baseia-se no ponto de vista nativo e confia nos assistentes/ informantes. A voz émica revela relações que reciclam padrões do colonialismo científico, apontando para a importância da descolonização das ciências sociais começar nas salas de aula das universidades com a desconstrução do enraizamento cultural da mentalidade colonizadora ocidental; permitindo a quem vai fazer investigação científica com pessoas, tomar consciência de padrões coloniais inconscientes que facilmente podem ser projectados na prática científica.
La ciudad de Benarés, India se convirtió en un "laboratorio de las ciencias sociales" y recibe anualmente a decenas de estudiantes y de investigadores europeos y norteamericanos. Las investigaciones llevadas a cabo allí — el encuentro de la ciencia como práctica socio-cultural y las “culturas estudiadas” — generaran una búsqueda científica y una oferta intelectual de asistentes de investigación locales y otros expertos que apoyaban a los científicos occidentales. Esta tesis intenta describir y comprender el sistema de investigación reflejado en la implicación polimorfa de los investigadores occidentales con sus asistentes locales, es decir, las relaciones humanas entre investigadores y asistentes. ¿Cómo ven los "investigadores locales" a los "científicos occidentales" y la "investigación científica"? ¿Cómo son sus relaciones laborales? ¿Cómo funcionan y se manifiestan las diferencias de estatuto y poder entre investigadores y asistentes? La tesis se basa en los informes e historias de los asistentes de investigación sobre sus experiencias, conversaciones informales con otros investigadores y mi experiencia de trabajo de campo. El tiempo etnográfico de investigación para la tesis es entre 2003 y 2004. La estrategia de esta investigación se basa en el punto de vista nativo y confía en los asistentes / informantes. La voz emic revela relaciones que reciclan patrones del colonialismo científico, señalando la importancia de la descolonización de las ciencias sociales comenzar en las aulas de las universidades con la deconstrucción del enraizamiento cultural de la mentalidad colonizadora occidental, permitiendo a quien va a hacer investigación científica con personas à tener consciencia de patrones coloniales inconscientes que fácilmente pueden ser proyectados en la práctica científica.
The city of Varanasi/Banares in India has become a "social science laboratory" that annually hosts dozens of North American and European students and researchers. The researches carried out there — the encounter between science as a socio-cultural practice and the "studied culture" — generated a scientific demand and an intellectual offer of local research assistants and other specialists who support Western scientists. This paper attempts to describe and understand the research system reflected in the polymorphous involvement of Western researchers with their local assistants, in other words the human relations between researchers and assistants. How do "local researchers" see "Western scientists" and "scientific research"? How are your working relationships? How do the differences of status and power between researchers and assistants work and manifest themselves? The thesis relies on the reports and stories of research assistants on their experiences, on informal conversations with other researchers, and on my own fieldwork experience. The ethnographic time of research for the thesis is between 2003 and 2004. The strategy of this research is based on the native point of view and relies on the assistants/ informants. The emic voice reveals relationships that recycle patterns of the scientific colonialism, pointing to the importance that the decolonization of the social sciences should begin in the university classrooms with the deconstruction of the cultural rootedness of the Western colonizing mentality. Therefore allowing those who are going to do scientific research with people to become aware of unconscious colonial patterns that can easily be projected into scientific practice.
Description
Tesis inédita de la Universidad Complutense de Madrid, Facultad de Ciencias Políticas y Sociología, Departamento de Antropología Social y Psicología Social, leída el 27/11/2019
Unesco subjects
Keywords
Citation
Collections